Muitos pais e mães se sentem cheios de dúvidas sobre como garantir o desenvolvimento de seus filhos, especialmente no que diz respeito a estímulos para que possam crescer de maneira saudável, seguros e preparados para o futuro.
Se você também se sente assim, fique tranquilo, pois isso é totalmente normal e é por isso que nós estamos aqui: Para te ajudar a aprender como sair dessas terríveis dúvidas, e garantir que seu filho tenha um excelente desenvolvimento.
Muitas descobertas da ciência têm ajudado pais e mães na criação dos seus filhos, em especial, a psicomotricidade que vem conquistando um lugar de destaque quando o assunto é educação infantil. Se você nunca ouviu falar desse campo científico e não faz ideia do que seja a psicomotricidade, fique calmo porque não é nenhum bicho de sete cabeças.
Continue lendo até o final, pois neste artigo você vai entender melhor esse conceito e entenderá como ele pode te ajudar. Você também vai conhecer algumas brincadeiras psicomotoras para fazer em casa.
O que é psicomotricidade?
Segundo a Associação Brasileira de Psicomotricidade: “psicomotricidade é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização.” Mas o que isso quer dizer afinal?
Isso significa que a psicomotricidade é uma ciência que estuda a aprendizagem, o desenvolvimento e o crescimento saudável dos pequeninos.
E para isso ela conta técnicas que permitem que as crianças aprendam brincando e possam se tornar pessoas melhores, tanto quanto na capacidade de aprendizagem quanto nas suas habilidades de lidar com seus afetos e de movimentar o seu corpo. Ou seja, ela permite que a criança um dia se torne um adulto saudável em todas as áreas de sua vida.
Uma vez que a criança se encontra em processo de aprendizagem, é muito importante que ela desenvolva os seus movimentos físicos de maneira saudável como, por exemplo:
- andar;
- correr;
- pular;
- saltar;
- etc.
Também é fundamental que ela consiga desenvolver sua capacidade afetiva:
- saber ganhar e perder;
- saber expressar suas emoções com outras crianças e com os adultos;
- saber amar e expressar carinho;
- saber lidar com sentimentos ruins como raiva, decepção e outros.
Isso tudo junto com a sua aprendizagem cognitiva, que é aquela que se relaciona com a capacidade de escrever e fazer contas por exemplo.
Muitos pais e mães acabam direcionando muita atenção apenas para o lado cognitivo. Ficam ansiosos por ver seus filhos aprenderem a falar as primeiras palavras, depois por vê-los escrevendo seu nome e por aí vai…
O que acontece é que o desenvolvimento físico e afetivo acaba não tendo a atenção que deveriam ter, e é aí que surge a psicomotricidade: Para permitir que as crianças se desenvolvam em todas as esferas da sua vida.
Alguns objetivos da psicomotricidade

- ensinar a criança a confiar em si mesma;
- desenvolver coordenação motora;
- reforçar e valorizar a autoestima e identidade pessoal;
- ensinar a criança a respeitar os sentimentos e a individualidade de outras crianças e dos adultos;
- estimular a comunicação e interação social.
O que pode acontecer se a psicomotricidade não for desenvolvida corretamente?
Em alguns casos, a falta do acompanhamento da psicomotricidade pode acarretar em algumas consequências prejudiciais ao desenvolvimento infantil. Com o passar do tempo, o pequeno pode apresentar certas dificuldades, como:
- desenvolvimento excessivo de uma habilidade e pouco de outras
- (Como por exemplo aquela criança que aprendeu muito bem a usar tecnologia, mas não sabe socializar e brincar com outras crianças)
- confusão durante a utilização dos sentidos direita e esquerda;
- dificuldade durante a distinção de letras como p e b;
- dificuldades com leitura e escrita;
- entre outros tantos problemas de mesma natureza.
Como trabalhar isso em casa?
Embora a psicomotricidade seja mais trabalhada em ambiente escolar. Os pais também podem promover em casa ou qualquer ambiente familiar, excelentes jogos brincadeiras para ajudar o desenvolvimento infantil, garantindo que seus filhos aprendam a se movimentar, sentir e pensar plenamente. São exemplos destas brincadeiras educativas:
Pular corda:
Permite o desenvolvimento amplo da coordenação motora, equilíbrio, além de ajudar na formação da coluna, desenvolve também habilidades afetivas (aprender ganhar e perder, saber lidar com regras das brincadeiras com corda, socialização com outras crianças).
Materiais: Corda
Desenvolvimento: No princípio a criança pode precisar da ajuda de uma pessoa para conseguir estabelecer uma relação entre a batida da corda e o pulo. Caso seja necessário, bata a corda ao lado da criança para que ela possa ir se acostumando com o movimento.
Castelo de copos ou cartas:
Permite o desenvolvimento da coordenação motora fina, identificação corporal e ajuda a trabalhar frustração.
Materiais: Um baralho de cartas ou um conjunto de copos de plásticos.
Desenvolvimento: Ajude a criança nos primeiros momentos e busque mostrar como realizar os movimentos para construir o castelo.
Cuidado: busque demonstrar paciência e cumplicidade, afinal, o castelo pode desmoronar várias vezes e causar alguma frustração na criança.
Deslocamento de bola:
Permite o desenvolvimento da coordenação motora ampla, equilíbrio e socialização.
Material: Uma bola.
Desenvolvimento: A criança deve tentar caminhar e passar a bola entre as pernas em forma de 8. Caso seja necessário, dê a mão para a criança e a ajude a realizar o movimento.
Cada brincadeira deve ser pensada com base na idade da criança, pois, bebês e crianças com menos de 2 anos, por exemplo, não vão conseguir pular corda.
Você conheceu três ótimas brincadeiras, mas existem muitas outras que podem te ajudar a oferecer um desenvolvimento completo para o seu filho. Também existem diversos brinquedos que auxiliam nessa função, se você quer conhecer mais brinquedos assim confira as super dicas das melhores brincadeiras para divertir pais e filhos.
Muito bem! Agora que você aprendeu um pouco sobre a psicomotricidade, não deixa de colocá-la em prática, separe um tempo livre para brincar com os seus filhos sempre pensando no seu aprendizado completo. Junte a diversão com o aprendizado: Como dizia Piaget, “brincar é o trabalho da infância.”
Gostou do artigo? Quer ler mais sobre esse assunto? Acompanhe nossa página e siga-nos no Facebook e Instagram.